Povo de Aruanda,
Povo de Aruandá

Meu berimbau me de liçença
A nossa roda vai começar

Minha jangada vai sair (Puxada de Rede)

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Minha jangada vai sair pro mar
Vou trabalhar, meu bem querer
Se Deus quiser quando eu voltar do mar
Um peixe bom, eu vou trazer
Meu companheiros também vão voltar
E a Deus do céu vamos agradecer.

Ma jangada va sortir en mer
Je vais travailler, mon bien aimé
Si Dieu le souhaite quand je vais rentrer de la mer
Un bon poisson je vais apporter
Mes compagnons aussi vont rentrer
Et le Dieu du ciel nous remercierons


La Jangada c'est une embarcation traditionnelle du Nordeste du Bresil, mais qu'on peut aussi croiser en Méditerranée, vers l'ile de Porquerolles :-)

Jangada de Méditerranée

Aruandê (signification)

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Explication de Aruande Capoeira :

A palavra Aruandê foi derivada da palavra Luanda, a capital e maior cidade de Angola, África. Luanda, conhecida como Loanda, foi fundada pelo explorador português Paulo Dias de Novais em 1575, que chamou de "São Paulo de Luanda". A cidade tornou-se o centro do comércio de escravos da África para o Brasil de cerca de 1550 a c. 1850, crescendo para ser o maior porto para o tráfico de escravos da África portuguesa por mais de 300 anos. Foi em Luanda que os escravos eram reunidos, acorrentados, armazenados nos porões dos navios e enviados através do Atlântico para ser vendido.A transformação da palavra Luanda para Aruanda ocorreu lentamente.

Para as gerações precoce dos escravos, Luanda estava queimado profundamente na sua memória como a última visão tiveram de casa, seu último sabor de liberdade. Por esta razão, sempre que o escravo era transportado no Brasil, ele carinhosamente recordou e falou de sua cidade africana "Luanda". Escravidão continuou, e como o tempo passou, as crianças que nasceram em escravidão nunca viu África, nem uma cidade chamada de Luanda. Eles tinham nunca viajou em navios, nunca vi uma porta.

Duas ou três gerações em escravidão, a ideia de Luanda como uma cidade parecia completamente irreal. Quando eles ouviram os mais velhos falam de Luanda, não poderiam criar uma idéia de que uma cidade ou país onde as pessoas eram livres seriam semelhante. Assim, eles imaginaram que fosse algum tipo de "céu" ou terra prometida.

A idéia de ser capaz de voltar ao mundo da liberdade, um lugar mágico, tornou-se uma idéia que passou da boca de escravo do escravo. Como a palavra mantidos sendo repetida, o "L" mixturada com o idioma do Portugues, tomou em mais de um "AR" som e "Luanda" virou "Aruanda".

A idéia de Aruanda tornou-se uma visão forte, que sempre foi seguido por gritos de excitação, o som de "ê!" para dar ênfase."Aruanda ê"! O "a" no final de Aruanda logo desapareceu e juntou-se a "ê". Escravos brasileiros criou uma palavra para esta idéia do céu, a terra prometida: Aruandê.

Le mot Aruandê est dérivé de "Luanda", la capitale et principale ville d'Angola, en Afrique. Luanda, connue comme Loanda, a été fondée par l'explorateur portugais Paulo Dias de Novais, qui l'appelait "Sao Paulo de Luanda". La ville est devenue le centre du commerce des esclaves d'Afrique vers le Brésil de 1550 à ~1850, en grandissant jusqu’à devenir le plus grand port pour le trafic d'esclaves d'Afrique portugaise pendant plus de 300 ans. C’était à Luanda que les esclaves étaient réunis, enchainés et entassés dans les cales des navires et envoyés à travers l'Atlantique pour être vendus. La transformation du mot Luanda vers Aruanda s'est faites lentement.

Pour les premières générations d'esclaves, Luanda était profondément gravée dans leurs souvenirs comme la dernière vision qu'ils ont eu de chez eux, leur dernière saveur de liberté. Pour cette raison, chaque fois qu'un esclave était transporté au Brésil, il se souvenait et parlait affectueusement de sa ville africaine "Luanda". L'esclavage a continué, et avec le temps qui est passé, les enfants qui naquirent au Brésil [en esclavage] ne virent jamais l'Afrique, ni une ville nommée Luanda. Ils ne voyagèrent jamais en bateau et ne virent jamais de port.

Deux ou trois générations [d'esclaves] plus tard, l’idée de Luanda comme ville paraissait complément irréelle. Quand ils entendaient les plus vieux parler de Luanda, ils ne pouvaient croire que l’idée d'une ville ou d'un pays où les gens étaient libres soit possible [semelhante ?= similaire]. Ainsi, ils imaginèrent que c’était une sorte de "ciel" ou de terre promise.

L’idée d’être capable de retourner dans un monde libre, un lieu magique, est devenu une idée qui passait de bouche à oreille d'esclave. Comme le mot était répété et répété, le "L" s'est mélangé avec la langue portugaise, et a pris un peu plus le son de "AR", et "Luanda" s'est transformé en "Aruanda".

L’idée de Aruanda est devenu une vision forte, qui était toujours suivi de cris d’excitation : le son "ê!" pour mettre l'accentuation. "Aruanda ê!". Le "a" à la fin de Aruanda a plus tard disparu et le "ê" s'est accolé. Les esclaves brésiliens criaient un mot pour cette idée du ciel, de la terre promise : Aruandê.


Abalou Capoeira

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Abalou capoeira, abalou

Abalou, deixa abalar

Abalou capoeira, abalou

E abalou, é abalou

Abalou capoeira, abalou

Vai abalou, tem que abalar

Abalou capoeira, abalou

E abalou, vamos jogar

Abalou capoeira, abalou

Mas se abalou, deixa cair

Abalou capoeira, abalou

E abalou, vai abalou

Abalou capoeira, abalou

Agite toi, Capoeiriste, agite toi

Agite toi, laisse le s'agiter

Agite toi, Capoeiriste, agite toi

Et secoué, il est secoué

.

Il va se secouer, il faut se secouer

.

Il est secoué , on va jouer

.

Mais s'il s'agite, laisse le tomber (par terre)

.

Il est secoué , il va secouer

.


Traduction inspirée de ACSANHA.

Abalar c'est Ébranler / Secouer / Affecter, remuer, émouvoir / Agiter. La chanson doit jouer sur les differents sens, j'ai traduit comme j'ai pu ... !

Bahia axé

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Que bom estar com você ,
aqui nessa roda,
com esse conjunto

Bahia axé, axé Bahia

Bahia axé, axé Bahia

Os ventos
que sopram taõ lindos
sombre os coqueirais
isso é demais

iooo io io iooo, io io iooo, io io iooo

ooo io io iooo, io io iooo, io io iooo

Que c'est bon d’être avec vous,
Ici dans cette roda,
Avec cet ensemble (ce groupe)

Bahia axé, axé Bahia

Bahia axé, axé Bahia

Les vents
Qui souffle si joliment
Sur les cocoteraies
C’en est est trop (!? c'est le top ?)
.

.


Axé c'est l’énergie de la roda de Capoeira.

Boa viagem

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Adeus

Boa viagem

Adeus, adeus

Boa viagem

Eu vou

Boa viagem

Eu vou, eu vou

Boa viagem

Eu vou- me embora

Boa viagem

Eu vou agora

Boa viagem

Eu vou com Deus

Boa viagem

E com Nossa Senhora

Boa viagem

Chegou a hora

Boa viagem

Adeus...

Boa viagem

Adieux

Bon voyage

Adieux, Adieux

.

Je (m'en) vais

.

Je (m'en) vais, je (m'en) vais

.

Je (m'en) vais cependant

.

Je (m'en) vais maintenant

.

Je (m'en) vais avec Dieu

.

Et avec Notre Dame

.

L'heure arrive

.

Adieux ...

.


Planalto central

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No centro-oeste já tem capoeira,
o Mestre Bimba foi lá e ensinou,
aquela gente a passar rasteira,
dar cabeçada, martelo voador

No planalto central, planalto central,
foi lá Mestre Bimba ensinar regional

Planalto central, planalto central

Foi lá Mestre Bimba ensinar regional

O Mestre Bimba é um grande gênio,
é criador do estilo regional,
é uma verdadeira pedra preciosa,
que hoje brilha no Brasil central

No planalto central, planalto central,
foi lá Mestre Bimba ensinar regional

Planalto central, planalto central

Foi lá Mestre Bimba ensinar regional.

Eu tive um sonho que eu vi Capoeira,
nas praias lindas do meu Araguaia,
Jaguarité plantava bananeira,
Curimatã dava rabo de arraia

No planalto central, planalto central,
foi lá Mestre Bimba ensinar regional

Planalto central, planalto central

foi lá Mestre Bimba ensinar regional

O boi guanu é uma fera selvagem,
que corre livre pelo cerradão,
tem lobo-guará e o macaco-do-mato,
famosa andira que é o morcegão

No planalto central, planalto central,
foi lá Mestre Bimba ensinar regional

Planalto central, planalto central

foi lá Mestre Bimba ensinar regional

Na minha terra tem grandes chapada,
rios cristalinos, lindos pantanais,
a Capoeira rompeu a fronteira
e já chegou lá no Paraguay

No planalto central, planalto central,
foi lá Mestre Bimba ensinar regional

Planalto central, planalto central

foi lá Mestre Bimba ensinar regional

Lá nas aldeia a capoeira cresce,
os índio Xavante gostaram demais,
e agora aqui nossa gente agradece,
a Mestre Bimba que veio pra Goiás

No planalto central, planalto central,
foi lá Mestre Bimba ensinar regional

Planalto central, planalto central

foi lá Mestre Bimba ensinar regional

Dans le centro-oeste ils ont déjà la Capoeira,
Mestre Bimba c'est la qu'il enseignait
C'est gens passent des rasteira,
Donnent des cabeçada et les martelo volent

Dans le Plateau Central, Planalto central,
C'est la que Mestre Bimba enseignait la Régional

Planalto central, planalto central

C'est la que Mestre Bimba enseignait la Régional

Le Mestre Bimba est un grand génie,
Il est le créateur du style régional
Il est une vraie pierre précieuse
Qui aujourd'hui brille dans le Brésil Central

.
.

.

.

J'ai eu un rêve ou j'ai vu la Capoeira
Dans les jolies plages de mon Araguaia
Jaguarité rentrait bananeira
Curimatã donnait rabo de arraia

.
.

.

.

Le bœuf guanu (?) est une bête sauvage
Qui courre librement dans le Cerradão
Il y a le loup à crinière et le macaque des bois
La fameuse Andira qui est une chauve-souris (?)

.
.

.

.

Dans ma terre il y a des grandes chapada,
Des rivières cristallines, de jolies marais
La Capoeira casse les frontières
Et déjà là j'arrive dans le Paraguay

.
.

.

.

Là dans les villages la Capoeira a grandi
Les indiens Xavante aimaient les autres
Et aujourd'hui ici nous remercions
Mestre Bimba qui est venu à Goias

.
.

.

.


Marinheiro só

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(Mas) Eu (não) sou daqui

Marinheiro só

Eu não tenho amor

Marinheiro só

Eu sou da bahia

Marinheiro só

De são salvador

Marinheiro só

Lá vem, lá vem

Marinheiro só

Ô, marinheiro marinheiro

Marinheiro só

Ô, quem te ensinou a nadar

Marinheiro só

Ou foi o tombo do navio

Marinheiro só

Ou foi o balanço do mar

Marinheiro só

Lá vem, lá vem

Marinheiro só

Como ele vem faceiro

Marinheiro só

Todo de branco

Marinheiro só

Com o seu bonezinho

Marinheiro só

Ô, quem te ensinou a jogar/tocar
Ou foi o som do berimbau
Ou foi o balanço do mar

Quem te ensinou a mandingar?
Eu aprendi foi com João
Que aprendeu com Pastinha

(Mais) Je ne suis pas d'ici

Marin solitaire

Je n'ai pas d'amour

.

Je suis de Bahia

.

De São Salvador

.

Il arrive, il arrive

.

Ô Marin Marin

.

Ô qui t'as appris à nager

.

Ou c'était la chute du navire

.

Ou c'était le balancement de la mer

.

Il arrive, il arrive

.

Comme il est élégant

.

Tout en blanc

.

Avec son petit bonnet

.

Ô qui t'as appris à jouer ?
Ou c'était le son du berimbau
Ou c'était le balancement de la mer

Qui t'as appris à envouter ?
J'ai apris avec João
Qui appri avec Pastinha


Saudade do Mestre Waldemar

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A Bahia hoje chora
De aperto no coração
Mestre Waldemar foi embora
Seu Waldemar Da Paixão

Berimbau silenciou de saudade
Que não se acaba mais
Do legendário capoeira
Waldemar Da Pero Vaz

Angoleiro respeitado
Fabricador de berimbau
Nas rodas de capoeira
Nunca vi tocar igual

Mestre muito obrigado
Do fundo do coração
Hoje lhe agradeço
Por me dar inspiração

Waldemar

Lê lê lê lê lê Ô

Mestre Waldemar foi embora

Lê lê lê lê lê Ô

E a Bahia hoje chora

Lê lê lê lê lê Ô

Toco o berimbau viola

Lê lê lê lê lê Ô

De saudade eu vou embora

Lê lê lê lê lê Ô

Bahia pleure aujoud'hui
D'une ouverture dans le coeur
Mestre Waldemar s'en est allé
Mr Waldemar da Paixão (son nom de famille)

Le berimbau s'est tu d'une nostalgique
Qui ne s'arrête plus
Du légendaire capoeiriste
Waldemar de Pero Vaz (son quartier).

Angoleiro respecté,
Fabriquant de berimbau,
Dans les rondes de Capoeira,
Je n'ai vu personne toquer (aussi bien).

Mestre merci beaucou
Du fond du coeur.
Aujourd'hui je te/vous remercie
De me donner l'inspiration.

Waldemar

Lê lê lê lê lê Ô

Mestre Waldemar s'en est allé

Lê lê lê lê lê Ô

Et Bahia pleure aujoud'hui

Lê lê lê lê lê Ô

On a toqué le berimbau viola

Lê lê lê lê lê Ô

De tristesse, je m'en vais

Lê lê lê lê lê Ô


D'après Quebra Gereba:

(Toujours dans la série Mestre Barrão,) une chanson en hommage à Mestre Waldemar, connu pour sa voix, sa manière de chanter comme le faisaient les esclaves, les berimbaus qu’il fabriquait et vendait ainsi que son Hangar (La barracão de Mestre Waldemar), endroit où il enseignait la Capoeira, lieu fréquenté par des personnes connues hors de la Capoeira comme le peintre Carybé, référence de la Capoeira Bahianaise.

Vou cantar pra voce

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Ô lele, Ô lele
Olha eu sou capoeira
Sou filha de Oyá
Vim cantar pra voce

Ô lele, Ô lele

Olha eu sou capoeira
Sou filha de Oyá
Vim cantar pra voce

Quando eu chego na roda
Pra cantar a ladainha
Fecho os olhos só escuto
Gunga, médio e violinha

Durante minha oraçăo
Lembro de Mestre Pastinha
Capoeira de Angola
E do Amor que tu me tinhas

Ô lele, Ô lele
Olha eu sou capoeira
Sou filha de Oyá
Vim cantar pra voce

Ô lele, Ô lele

Olha eu sou capoeira
Sou filha de Oyá
Vim cantar pra voce

Pra roda de capoeira
Vem gente de todo o canto
Vem baiano, vem mineiro
Carioca e paulistano

Na roda da capoeira
Todo mundo é igual
Năo importa quem voce seja
Quem comanda é o berimbau

Ô lele, Ô lele
Olha eu sou capoeira
Sou filha de Oyá
Vim cantar pra voce

Ô lele, Ô lele

Olha eu sou capoeira
Sou filha de Oyá
Vim cantar pra voce

Ô lele, Ô lele
Regarde (écoute), je suis capoeiriste
Je suis la fille de Oyá
Je suis venue chanter pour vous.

Ô lele, Ô lele

.
.
.

Quand j'entre dans la roda
Pour chanter une ladainha
Je ferme les yeux et écoute seulement
Le gunga, le médio et la violinha

Pendant mon oration
Je me souviens de Mestre Pastinha
De la Capoeira d'Angola
Et de l' Amour que tu me portais

.
.
.
.

.

.
.
.

Pour la roda de capoeira
Viennent des gens de tous les coins
Viennent des Bahianais, Viennent des (gens de) Minas
De Rio et de Săo Paulo.

Dans la ronde de capoeira,
Tout le monde est à égalité
Peu importe qui vous êtes (d'où vous venez)
C'est le berimbau qui commande (anime).

.
.
.
.


(à 5'03)

Berimbau (toques les plus courantes)

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'Notes' du berimbau

  • tch -- grésillé (dobrao touchant l'arame (la corde), callebasse collée)
  • Do -- grave (dabrao décollé, calebasse décollée, touche sous dobrao)
  • Dim -- aigüe (dabrao collé calebasse décollée (ou pas ?), touche au dessus du dobrao)
  • xxi -- caxixi

Angola

(par ordre de vitesse)

Angola

  • tch tch Dom Dim xxi
  • Amélioration:
    • juste après le Dom: rebond de la callebasse sur le ventre -- > le son résonne

    • juste après le Dim: coller la callebasse sur le ventre --> le son se stop

Contra-toque:

  • São Bento Pequeno
  • São Bento Grande de Angola

São Bento Pequeno de Angola

  • tch-tch Dim Dom xxi

São Bento Grande de Angola

  • tch-tch Dim Dom Dom

  • Variation:

    • tch-tch Dim Dom-Dim-Dom

Regional

Benguela

  • tch-tch Dom Dim Dim

Contra-toque:

  • tch-tch Dim Dim Dom

São Bento Grande (da Regional ou de Bimba)

  • tch-tch Dom Dom Dim

  • Variation:

    • tch-tch Dom Dom Dom
    • tch-tch Dom Dim-Dom
    • tch-tch Dom tch-tch Dim

Contra-toque:

  • tch-tch Dim Dim Dom

Variation

(Sur toutes les toques)

  • tch-tch Dim tch-tch Dom + toque

  • Si le gunga joue São Bento grande, le viola pourra se baser sur Angola tandis que le violinha improvise sur São Bento pequeno. Ces trois toques ne sont que des variations du même rythme, puisque les frappes sur l'instrument se produisent au même moment (Capoeira Palmares §6)